HISTÓRIA
Nascido em Évreux, França em 27 de fevereiro de 1958, aos 14 anos, abandonou os estudos em favor da formação como pintor. Foi assim que se estreou no desenho, ainda que no início desenhasse apenas outdoors. Em 1975, ele se juntou a um pequeno estúdio de animação chamado DIC, criado pelo francês Jean Chalopin. Foi lá que aprendeu a fazer e produzir um desenho animado. Em neste estúdio, conheceu diretores como Bruno Bianchi (Inspetor Bugiganga), Bernard Deyriès (As Misteriosas Cidades de Ouro), etc. Na década de 1980, participou do lançamento da série Ulisses 31. Decidiu então seguir carreira em Paris. Contribuiu para a série Il était une fois... l'Espace de Albert Barillé, que também criou Era uma vez... a Vida.
Em 1986, Jean-Yves Raimbaud criou seu próprio estúdio Jingle com Christian Masson. 25 pessoas subcontratam séries como Les Mondes engloutis e Rahan. Um ano depois, a empresa se destaca com co-produções como Mimi Cracra (Antenne 2, atual France 2), Virgule (Canal+) e Les Enfants de la liberté (France Régions 3, atual France 3).
Não foi até 1988 que a Jingle lançou uma série interna: Manu, criada pelo cartunista Frank Margerin. Assim, 104 episódios foram transmitidos no canal La Cinq a partir de 3 de março de 1990. O desafio de Jean-Yves Raimbaud não é fazer desenhos insípidos destinados apenas a crianças. Em 1992, a falência do canal La Cinq causa o fechamento de muitas produtoras. Em 1993, a Jingle faliu.
No entanto, Jean-Yves Raimbaud era conhecido na indústria e a Gaumont pensa nele para relançar os filmes Asterix e Lucky Luke produzidos na década de 1970. Promovido a diretor artístico do novo estúdio Gaumont Multimédia, fundado por Marc du Pontavice, começa a trabalhar na série animada de Highlander para a M6.
Ao mesmo tempo, criou a série Les Petites Sorcières, a história de Sherilyne e suas aprendizes de bruxas que usam seus poderes mágicos para frustrar os planos diabólicos de um empresário. Esta série foi produzida pela Millésime Productions para TF1 e foi vendido muito pouco na Europa.
Jean-Yves Raimbaud traz à tona uma ideia que não conseguiu concretizar na Jingle. A história de alienígenas naufragados na Terra e se refugiando em uma casa para alugar. Com o roteirista Philippe Traversat, criou a série Maison à louer, com clima de desenho animado dos anos 1950. O título da série se tornou Les Zinzins de l'espace (Space Goofs) e foi transmitido na France 3 em 6 de setembro de 1997. Contra todas as expectativas, a série é a mais popular entre as novas séries que chegaram ao canal France 3 no mesmo ano. Além disso, é exportado muito bem para fora da França. Teve inspiração em Ren e Stimpy, depois de Jean ter visto o trabalho de John Kricfalusi, o que mudou em seu estilo de arte que era mais de quadrinhos para mais cartunesco.
Em 28 de junho de 1998, Jean-Yves Raimbaud morreu aos 40 anos, vítima de câncer de pulmão e não consegue aproveitar o sucesso de sua série. Ele também não assistiu ao final da produção de Oggy e as Baratas Tontas, planejada para a France 3 em 1998, da qual ele criou o personagem de um gato perseguido por três baratas, tudo em um estilo muito cartunesco. Os estúdios Gaumont Multimédia e Millésime Productions (estúdio de Les Petites Sorcières), assim como Marc du Pontavice lamentaram o falecimento de Jean-Yves.[¹]
CURIOSIDADES
No último episódio da quarta temporada de Oggy e as Baratas Tontas, Oggy está se casando, uma caricatura de Jean-Yves aparece no episódio.- Ele foi casado com Béatrice Guillot, sua primeira esposa e estava em uma relação com sua companheira Eunice até seu falecimento em 1998.
- Escreveu o episódio Pink Rhinoceros/Les Pink Rhinocéros da primeira temporada de Space Goofs, sendo o único episódio escrito por ele na série.[²]
- 12 anos depois de sua morte, o filho de Jean-Yves criou um blog sobre ele, falando sobre como era sua relação com Jean.[³]
REFERÊNCIAS
- Le Monde, 01/07/1998
Em memória de Jean-Yves Raimbaud (1958-1998)
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